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CBD e esclerose múltipla: há benefícios?

Entenda por que a ação anti-inflamatória da substância pode ajudar

A esclerose múltipla (EM) é uma doença de origem neurológica, crônica e autoimune. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), cerca de 40 mil brasileiros são portadores, tendo que lidar com sintomas como fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, dores articulares e outros. Será que a maconha medicinal (CBD) pode ajudar os portadores?

 

Recentemente, a atriz Guta Stresser, a Bebel de “A Grande Família”, anunciou que descobriu ser portadora da doença e relatou que estava usando óleo de canabidiol (CBD) como uma alternativa para melhorar os sintomas e, consequentemente, a qualidade de vida. E por que o CBD pode trazer benefícios neste sentido?

 

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, descobriram que a substância pode ajudar a prevenir alguns problemas trazidos pela doença. Isso porque os fitocanabinoides presentes na maconha medicinal se conectam ao sistema canabinóide humano, possuindo efeito anti-inflamatório.

 

Em entrevista à mídia, o médico e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rogério Panizzutti, explicou que o CBD é potencialmente benéfico porque tem ação anti-inflamatória e de combate à dor, exatamente os principais alvos da esclerose múltipla. 

 

De acordo com informações divulgadas no site da ABEM, pesquisas recentes indicam que os componentes encontrados na cannabis sativa, como o CBD, podem ajuda a desacelerar o processo neurodegenerativo, servir como analgésico em pacientes com dores neuropáticas, e agir como ansiolítico, melhorando o humor.

 

Controle, não cura

 

A esclerose múltipla infelizmente não tem cura, portanto o que pode ser feito é o controle da doença e seus sintomas. Especialistas acreditam que quando o CBD ajuda a controlar a inflamação, provavelmente também acaba contribuindo para que a doença não evolua para níveis mais graves. 

 

A vantagem apontada no uso com relação a medicamentos tradicionais seria o fato de que o CBD não possui efeitos colaterais. Esse benefício já costuma ser apontado no caso de outras doenças. De qualquer forma, como cada caso é um caso, a recomendação é sempre procurar auxílio médico para entender as alternativas. Enquanto isso, há um consenso de que as pesquisas relacionadas ao uso do CBD em pacientes com esclerose múltipla precisam continuar.